sexta-feira, 8 de junho de 2012

Passos de Curupira

Amanheço com os pés na cabeceira da cama. Me visto do avesso. Tomo meu café e saio a vagar em passos de Curupira. O destino eu já sei de cor. Andar de costas para o mundo enjoa e dá vertigens. Uma tentativa desastrada de me sentir embriagada, perder a sanidade e esquecer o lugar que meus pés me levam. Tudo em vão. O ritual do vestiário: colocar o uniforme nos deixa parecidos com gente que não reconhecemos em nós! Pinta a cara, roda a catraca, bate o cartão de ponto e os mesmos minutos e horas se esvaem. É tempo de voltar para a casa. Lavo a cara e me visto do avesso, de novo. Rumo ao encontro de mim mesma. E esta inquietação de ser é como caminhar em uma corda suspensa no ar

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